terça-feira, 1 de novembro de 2016

COMEMORANDO O HALLOWEEN




Pão por Deus: uma tradição muito nossa



Fala-se muito do dia das Bruxas ou do Halloween, predominante nos países anglo-saxónicos, em que as crianças batem às portas pedindo treat or tricks (doces ou travessuras) mas em Portugal temos uma tradição muito semelhante e antiga: o Pão por Deus.


Em Portugal no dia 1 de Novembro, Dia de Todos-os-Santos, as crianças saiam à rua e juntavam-se em pequenos grupos para pedir o Pão-por-Deus (ou o bolinho) de porta em porta. O dia de pão-por-deus, ou dia de todos os fíéis defuntos, era o dia em que se repartia muito pão cozido pelos pobres.
Quando pediam o pão-por-deus, as crianças recitavam versos e recebiam como oferenda pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, tremoços, amêndoas ou castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos de pano, de retalhos ou de borlas.
Em algumas povoações da zona centro e estremadura chamava-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’ ou ‘Dia do Bolinho’. Os bolinhos típicos são especialmente confecionados para este dia, sendo feitos com base de farinha e erva doce com mel (noutros locais leva batata doce e abóbora) e frutos secos como passas e nozes. São chamados "Santorinhos".



Esta tradição teve origem em Lisboa em 1756 (1 ano depois do terramoto que destruiu Lisboa). Em 1 de Novembro de 1755 ocorreu o terramoto que destruiu Lisboa, no qual morreram milhares de pessoas e a população da cidade, que era na sua maioria pobre, ainda mais pobre ficou.
Como a data do terramoto coincidiu com uma data com significado religioso (1 de Novembro), de forma espontânea, no dia em que se cumpria o primeiro aniversário do terramoto, a população aproveitou a solenidade do dia para desencadear, por toda a cidade, um peditório, com a intenção de minorar a situação paupérrima em que ficaram.
As pessoas, percorriam a cidade, batiam às portas e pediam que lhes fosse dada qualquer esmola, mesmo que fosse pão, dado grassar a fome pela cidade. E as pessoas pediam: "Pão por Deus".
Esta tradição perpetuou-se no tempo, sendo sempre comemorada neste dia e tendo-se propagado gradualmente a todo o país.
Até meados do séc. XX, o "Pão-por-Deus" era uma comemoração que minorava as necessidades básicas das pessoas mais pobres (principalmente na região de Lisboa). Noutras zonas do país, foram surgindo variações na forma e no nome da comemoração.

A partir dos anos 80 a tradição foi gradualmente desaparecendo e, atualmente, raras são as pessoas que se lembram desta tradição.

No entanto, datas que não têm nada a ver com as tradições portuguesas, mas que comercialmente são mais "atraentes" para o comércio, são adotadas rapidamente (caso do Dia das Bruxas, do Dia dos Namorados e afins).

Até a comunicação social, contribui para o empobrecimento da memória coletiva. Neste dia todas as estações de TV, Rádio e jornais, falam no Halloween, ignorando completamente o "Pão-por-Deus".



TRABALHOS DE HALLOWEEN 


Falámos sobre as tradições portuguesas nomeadamente, a tradição do Pão por Deus e foi-nos explicado que esta tradição do Halloween nada tem a ver com a nossa cultura , mas foi copiada do americanos e ingleses.

De seguida falámos sobre os diversos símbolos usados no Halloween para assustar as pessoas, bruxas, fantasmas, abóboras com caras medonhas e a professora disse-nos que eram tirando as abóboras , que é um fruto de outono, as bruxas, fantasmas e outros símbolos são produto das histórias, filmes, e imaginação das pessoas. Portanto, não devemos ter medo.
Fizemos então alguns trabalhos , a professora contou-nos a história da "Bruxa Mimi" que era uma bruxa muito engraçada e não fazia mal a ninguém, pelo contrário , estava sempre a sofrer acidentes, pois vivia no escuro com um gato preto e não o via, por isso sentava-se em cima dele, tropeçava nele, até que um dia decidiu mudar-lhe a cor...uma história muito engraçada da qual fizemos o desenho da Bruxa Mimi.



                                Pintámos abóboras , utilizando a técnica da estampagem com maçãs. 
Enquanto uns faziam a estampagem, outros recortavam e colavam algodão num pequeno fantasminha brincalhão, que acabou a enfeitar a porta da sala.
No hall de acesso à sala,
                               a  professora colocou uma bruxinha a descer, mas que ficou entalada...

                               No final das aulas , tivemos mais uma surpresa elaborada pela professora...

Doçura ou travessura? Doçura, foi a nossa resposta e todos recebemos um chupa chupa.
Alguns de nós, comemo-lo logo ali, mesmo antes de lanchar.

Estivemos todo o dia muito alvoraçados e inquietos, mas aprendemos bastante sobre esta comemoração.


Um comentário:

  1. Bem explorado este tema (não foi esquecido o terramoto de Lisboa) e os trabalhos dos meninos, muito bonitos! Parabéns para a turma :) :)

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